quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Por que educar o povo?


A cada dia que passa vemos a urgência de se educar nosso povo, pois algumas atitudes são de incivilidade, de puro individualismo e de egoísmo aos extremos, coisas que derivam, principalmente, da ignorância cultural que tem assolado nossa cidade. Mas é claro que muitos que cometem atitudes desviadas da conduta cívica são na maioria pessoas que tem posse, que tem escola, que tem como dizem os mais exigentes “berço”. Então por que será que há tanta gente que estaciona em paralelo, que corta as preferenciais, que fura fila dos bancos, que dá o jeitinho de enganar os outros em uma conta? Claro que tais ações derivam principalmente do modelo de educação colocado em prática em nosso País e também da tal formação familiar que vai destruindo tudo de bom que é transmitido nas escolas. Vivemos então períodos difíceis onde sabemos que precisamos dar um pouco de cultura e educação para as comunidades desassistidas do mínimo de dignidade e a todos que fazem parte de nossa sociedade como um todo.
É cada vez mais premente que os rumos da educação devem mudar e deve ser construída na base num ritmo que não inclua somente conteúdos, mas que prime pela ação real que tem a ver com cidadania plena que geralmente não está em livros, mas principalmente, em atitudes. Esta educação deve ser baseada em formação com diálogo, com participação e com acesso à cultura em geral, com bibliotecas funcionando, estímulo a músicas boas e que edifiquem e com meios de comunicação que façam com que os cidadãos sejam motivados a compreender o valor do entendimento e da construção do saber em todos os sentidos. Temos que mudar a educação a partir da formação dos professores onde a maioria dos cursos tem preparado para a escola ideal e não para a escola real, o que acaba dando um choque violento para os que serão professores.
Os governos deveriam fazer sua parte construindo escolas com opções de lazer, entretenimento e formação cultural, social e ambiental. A pergunta é: Que escolas de nosso Estado têm teatros ou auditórios? Que escolas atualizam suas bibliotecas? Que escolas promovem excursões técnicas e científicas aos alunos? Que professores tem tido acesso ao aprofundamento teórico com acesso a livros, peças teatrais e espetáculos culturais que os levem a refletir? Que escolas tem piscinas olímpicas? Que escolas tem pistas de atletismo ou ginásios para diversos tipos de práticas? As respostas a tais perguntas vão nos mostrar como precisamos de educação em todos os sentidos e vai nos levar a uma perspectiva talvez desalentadora para a construção de educação que vá além dos conteúdos. Quem se atreve a responder as perguntas?
Fonte: Jornal O Estado

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