sábado, 3 de agosto de 2013

Aumenta a expectativa de vida do brasileiro: mais de 11 anos em 3 décadas


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A expectativa de vida do brasileiro cresceu 11,24 anos entre 1980 e 2010.
Saltou de 62,52 anos, em 1980, para 73,76 anos em 2010, segundo a Tábua de Mortalidade para o Brasil, divulgada hoje pelo IBGE.
O crescimento entre as mulheres ficou em 11,69 anos, enquanto entre os homens a elevação atingiu 10,59 anos.
Por regiões

A região Nordestefoi a que apresentou maior aumento na expectativa de vida.

Em 1980, o nordestino tinha a taxa mais baixa do país (58,25 anos). 3 décadas depois houve elevação de 12,95 anos: atingiu 71,20 anos em 2010.
O crescimento aconteceu, principalmente, por causa do aumento de 14,14 anos na expectativa de vida das mulheres nordestinas, que passou de 61,27 anos, em 1980, para 75,41, em 2010.
Segundo o gerente de Componentes de Dinâmica Demográfica do IBGE, Fernando Albuquerque, a aplicação mais eficaz de programas sociais e de projetos de distribuição de renda favoreceram o crescimento da taxa da região.
 “Todos os programas [geraram impacto positivo na região: houve] aumento na qualidade de atendimento de pré-natal, transferência de renda [propiciada pelo] Bolsa Família e melhor instrução. O programa Saúde da Família não [previne a mortalidade apenas na infância], mas em todas as faixas de idade. São programas importantes que representam forte impacto na [redução da] mortalidade. [Há] um aumento maior da expectativa de vida na região Nordeste”, explicou.
A segunda região a apresentar maior crescimento nos 30 anos compreendidos entre 1980 e 2010 foi a Centro-Oeste com elevação de 10,79 anos (de 62,85 para 73,64 anos).
Em terceiro ficou o Sudeste que teve elevação de 10,58 anos (de 64,82 para 75,40 anos).
A quarta foi a região Norte, que passou de 60,75 para 70,76 anos, representando um aumento de 10,01 anos na taxa.
Nos Estados
O Rio Grande do Norte apontou a maior elevação entre os estados da região (15,85 anos). Lá, a taxa das mulheres ficou em 17,03 anos. “Em 1980, o Rio Grande do Norte também era um dos estados em que a mortalidade era mais elevada, consequentemente com uma expectativa de vida mais baixa. Então de certa forma estes programas aceleraram a diminuição [das taxas de] mortalidade e ganhos na expectativa de vida”, explicou.
O outro lado
O menor resultado de crescimento foi na região Sul (9,83 anos). Apesar disso, a região ainda registra as mais altas taxas de expectativa de vida do país.
Em 1980 era de 66,01 anos, a mais elevada daquele ano. Em 2010 atingiu 75,84 anos, também a maior expectativa entre as regiões.
No sul “os níveis de mortalidade já eram mais baixos. Os aumentos ocorreram, mas com menos intensidade. Essas expectativas de vida já eram elevadas”, disse o gerente.
Na avaliação do gerente do IBGE, no Norte, a dificuldade de acesso aos programas sociais impediu um desempenho melhor na esperança de vida. “Os programas sociais existem, mas há uma maior dificuldade em função da extensão da região e dificuldade de acesso. São populações ribeirinhas, onde o indivíduo tem de viajar vários dias para chegar a um posto de saúde”, explicou.
A pesquisa analisa resultados sobre a esperança de vida por sexo e compara informações sobre as regiões do país e dos estados.
O trabalho utiliza dados do Censo Demográfico 2010, das estatísticas de óbitos obtidos no Registro Civil e do SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade) do ministério da Saúde para o mesmo ano.
Com informações da Agência Brasil.

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