terça-feira, 21 de junho de 2016

Várzea e o seu “ladismo” político

Em Várzea Alegre, os eleitores não têm partido político, tem lado político. Isto se configura como verdade absoluta nos 145 anos de fundação do município. Não é sigla política que faz a diferença, é o lado que o político está.
Desde de Tomáz Duarte de Aquino, nosso primeiro prefeito, tendo governado de 1872 a 1880, ainda posto no cargo como intendente, passando pelo poderio das famílias “Correia”, “Diniz”, Sátiro e Costa, o povo de Várzea Alegre tem lado político. A história da “Arena e da Modeba”, reforça com primazia essa tese.
Chegamos à história recente, com a nossa política respirando esses mesmos ares de revanchismo, de ladismo político. É possível dizer que até aumentou essa percepção nas últimas décadas.
A história recente trás nos seus registros os embates entre neófitos na política, mas com a mesma tradição de grupos, como o ocorrido nas disputas entre João Eufrásio Nogueira e João Francisco – leia-se: O grupo de Dr. Pedro Sátiro contra o grupo de Dr. Iran Costa. Depois vieram João Eufrásio e João Siebra, com a mesma tônica dos grupos e teve sequência, sem mudar o roteiro, com as disputas entre Zé Helder e Amarilo, depois Zé Helder e Joãozinho, e agora, mais recente, com Vanderlei e Homero.
É bem verdade que houve tentativas de trégua em alguns momentos dessa história, como uma possível e articulada junção, em 1996, na qual Dr. Pedro e Dr. Iran Costa chegaram a costurar uma aliança para lançar um candidato único. Mas, logo, com as manifestações das lideranças e dos eleitores ladistas, o projeto caiu por terra e o embate dos grupos foi retomado.
Chegamos ao ano de 2016 numa misturada sem precedentes nessa odisseia dos grupos da política tradicionalista da cidade mais feliz do Brasil. Já ouvimos de tudo: Zé Helder e Homero, Homero e Zé Helder...Vanderlei e Homero, Homero e Vanderlei...Dr. Fabrício e João Siebra...candidaturas solitárias e mistas, entre outras propostas para as eleições de 02 de outubro.
A tradicional Rua Major Joaquim Alves, que a história política conseguiu transformar em Rua Deputado Luiz Otacílio Correia, abre todos os dias os debates e a bolsa de apostas para prenunciar como ficará essa situação.
Embora a enxurrada de palpites, há quem aposte que mesmo com a misturada dos nomes propostos, permanecerá a rivalidade dos grupos principais, não importando quem sejam os personagens centrais ou os partidos dessa disputa. É do tipo: Grupo A não vota em grupo B e vice-versa.
Marcos Filho

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