quinta-feira, 20 de junho de 2013

Três questões cruciais sobre as passeatas desta quinta

1) Depois da revogação do reajuste das tarifas de transporte, uma nova pauta vai se tornar dominante?
Embora desde o início o cardápio de reivindicações tenha se fragmentado, o reajuste das tarifas serviu de fio condutor das passeatas. Como mostrou pesquisa Datafolha desta quarta-feira, 67% da população de São Paulo identificava o aumento das tarifas como causa do movimento, ainda que os manifestantes quisessem protestar contra outros “males”. Agora que a batalha pela reversão dos aumentos foi vencida nas principais capitais, o movimento pode se esvaziar por falta de foco: as autoridades só foram emparedadas porque havia um pleito muito concreto lançado sobre a mesa. Há tentativas nas redes sociais de impor uma agenda, com temas como Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37 e destituição de políticos.

2) Os partidos políticos conseguirão mostrar a cara nas passeatas?
Durante as manifestações, os partidos que tentaram mostrar suas bandeiras foram repelidos. Eles ensaiam uma reação nesta quinta-feira, pois temem ficar totalmente alijados dos acontecimentos. O presidente do PT, Rui Falcão, por exemplo, conclamou a militância a levar os símbolos do partido para a passeata. “Uma coisa é um partido aparelhar o movimento, outra é as pessoas se expressarem livremente com símbolos anarquistas, do MST, do PT. Ninguém tem que proibir”, disse ele à Folha de S. Paulo. A observar se o esforço para conter a presença dos partidos vinha de pequenos grupos ou se vinha da maioria.

3) Como as cidades-sede da Copa do Mundo vão lidar com a questão da segurança? 
Quatro capitais que recebem jogos da copa das confederações receberam apoio da Força Nacional de Segurança. Além disso, a Abin – o serviço de inteligência do governo federal – passou a monitorar as mobilizações na internet. Isso denota a preocupação das autoridades com os danos que as manifestações podem causar à imagem do Brasil no exterior. A cobertura dos principais jornais internacionais tem sido intensa e em geral destacado o fato de que o grande esforço dos últimos anos para vender a imagem de um país onde tudo vai bem foi seriamente prejudicado.

Fonte: Revista Veja

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