terça-feira, 14 de julho de 2015

Brasileiros driblam a crise


A retração da economia mudou a vida dos brasileiros é o que conclui a pesquisa divulgada pelo Instituto Data Popular. Para 88% dos entrevistados a crise já afeta a vida pessoal. A frente dos demais países pesquisados, 88% também afirmam ter mudado de comportamento para reduzir custos. Desses, um grande volume, 90% disseram ter economizado nas contas de casa; 84% deixaram de comprar alguns produtos no supermercado e 84% cortaram gastos com lazer.

Para Renato Meirelles, presidente do Instituto Data Popular, a existência da crise não é novidade. O diferente é que o brasileiro está aprendendo a se virar e fazer ‘bicos’. “Existe um Joaquim Levy (ministro da fazenda) na casa de todos”, diz Renato em referência a necessidade de fazer ajustes e cortes dentro dos lares. Em relação ao mundo, ele destaca que na América Latina a crise não é exceção é sim regra.

Este ano é de ajustes, seja nas contas do Governo, das empresas e do orçamento doméstico afirma o presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Allisson Martins. “As finanças das famílias estão seriamente prejudicadas, principalmente devido à inflação que retira o poder de compra da população, bem como a preocupação do desemprego”, analisa.

Neste cenário, famílias brasileiras mudam hábitos de consumo. Estão, por exemplo, comprando produtos de marcas mais baratas. “Além de serem as famílias que mais pechincham os preços dentre os países pesquisados”, ressalta Martins.

Shandra Sales de Aguiar, coordenadora do Núcleo de Educação do Consumidor e Administração Familiar da Universidade Federal do Ceará (UFC), destaca o princípio: “Quem não aprende com amor aprende com a dor”. Para a coordenadora essa mudança nos hábitos de consumo deveria ter acontecido normalmente se os brasileiros tivessem o costume de planejar suas finanças.

Pesquisa
O Data Popular entrevistou 2.644 pessoas de todas as classes sociais em cinco países: Brasil, Argentina, México, Chile e Uruguai. Considerou como classe alta quem ganha mais de U$ 50 por dia, classe média os que faturam mais de U$ 10 por dia e baixa menos que U$ 10.

Ceará
A situação tem refletido no cenário local e os cearenses estão indo em busca de renda extra. O empresário Waldeck Rocha, 44, para alavancar as vendas da sua marca de jeans, decidiu fazer do hobby de fotografar uma segunda profissão. Instalou um estúdio fotográfico próximo à loja para abastecer as redes sociais, estimular as vendas no atacado e lançar para o varejo. O local ainda abrigará uma empresa de montagem de sites. “É o laboratório para um novo empreendimento. A ideia é fazer sites e disponibilizar o estúdio para outras marcas de atacado”, diz.
Fonte: O povo

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