sexta-feira, 27 de março de 2015

Nível de famílias endividadas chega a 59,6%

Após o total de famílias endividadas apresentar queda de 4,9%, em relação a fevereiro de 2014, o índice manteve a tendência e registrou novo recuo em março (-1,4%) em comparação com igual mês do ano anterior, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada, ontem, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). No entanto, na comparação mensal, o documento afirma que 59,6% das famílias estão endividadas, no País, ante os 57,8% registrados em fevereiro - uma alta de 1,8% -, proporção menor que os 61% apontados em março de 2014.
Acompanhando a alta do percentual de famílias endividadas, a proporção de famílias com dívidas ou contas em atraso também aumentou na comparação mensal, passando de 17,5% para 17,9% do total. Entretanto, houve queda no percentual de famílias inadimplentes em relação a março de 2014, quando esse indicador alcançou 20,8% do total. O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes recuou tanto na comparação mensal quanto em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando 6,2% em março de 2015, ante 6,4% em fevereiro de 2015 e 7,1% em março de 2014. 
Faixas de renda
A alta do número de famílias endividadas na comparação com o mês imediatamente anterior foi observada em ambas as faixas de renda. Na comparação anual, a queda se deu apenas na faixa de renda inferior a dez salários mínimos. Entre as famílias que ganham até dez salários mínimos o percentual daquelas com dívidas foi de 60,5% em março de 2015, ante 58,7% em fevereiro de 2015 e 63,5% em março de 2014. Entre as famílias com renda acima de dez salários mínimos o percentual de endividadas passou de 53,0%, em fevereiro de 2015, para 55,0% em março de 2015. Em março de 2014 o percentual de famílias com dívidas nesse grupo de renda era de 49,6%.
O percentual de famílias com contas em atraso apresentou tendência semelhante em ambas as faixas de renda. Na faixa de menor renda o percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso ficou em 19,9% em março, ante 19,4% no mês anterior. Em igual mês de 2014, 23,3% das famílias nessa faixa de renda declararam ter contas em atraso. Já no grupo com renda superior a dez salários mínimos, o percentual de inadimplentes alcançou 8,7% em março de 2015, ante 8,6% em fevereiro e 10,7% em março de 2014.
Já a análise por faixa de renda do percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas em atraso mostrou comportamento semelhante entre os grupos pesquisados apenas na comparação mensal. Na comparação anual a queda ocorreu apenas para as famílias de menor renda. Na faixa de maior renda, o indicador alcançou 2,4% em março de 2015, ante 2,7% em fevereiro e 2,4% em março de 2014. No grupo com renda até dez salários mínimos, o percentual de famílias sem condições de quitar seus débitos reduziu-se de 7,3%, em fevereiro de 2015, para 7,2% em março deste ano. Em relação a março de 2014 houve redução de 1,4 ponto percentual. 
Tempo médio
Entre as famílias com contas ou dívidas em atraso, o tempo médio de atraso foi de 59,9 dias em março de 2015 – abaixo dos 61,2 dias de março de 2014. O tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas foi de 7,1 meses, sendo que 24,9% estão comprometidas com dívidas até três meses, e 33,4%, por mais de um ano. Ainda entre as endividadas, a parcela média da renda comprometida com dívidas diminuiu na comparação anual, passando de 30,9% para 29,7%; e 20,7% delas afirmaram ter mais da metade de sua renda mensal comprometida com pagamento de dívidas.
O cartão de crédito foi apontado como um dos principais tipos de dívida por 73,4% das famílias endividadas, seguido por carnês (18,2%), e, em terceiro, por financiamento de carro (14,4%). Entre as famílias com renda até dez salários mínimos, cartão de crédito (74,5%), carnês (19,4%) e financiamento de carro (12%), são os principais tipos de dívida apontados. Já entre aquelas com renda acima de dez salários mínimos, os principais tipos de dívida, neste mês, foram cartão de crédito (67,9%), financiamento de carro (26%), e financiamento de casa (19,4%).
Fonte: O Estado

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