Quando dizem que a política é dinâmica, é que as suas
transformações são frequentes. Nascem siglas partidárias, outras fecham, há
fusões e políticos vivem numa frenética troca de partidos. Esse dinamismo
também é ambíguo. Pode fortalecer, mas também pode enfraquecer os grupos
políticos. Pode fazer nascer um grande líder, como também pode sepultar uma
liderança.
Quem não lembra a fortaleza que foi o PSDB, especialmente no
Ceará, sob a liderança do “Galeguim do Zói Azul”? Tasso teve um reinado no
Ceará e foi responsável por mudanças importantes na administração do Estado.
Aliado aos “Ferreira Gomes”, montou uma aliança considerada imbatível. Tasso sucumbiu às urnas. Na última eleição não conseguiu
a senatória. Os “Ferreira Gomes”, por outro lado, se sustentam com a liderança
do governador Cid Gomes. Mas, Ciro tem corrido à margem da política, embora
seja um homem de grande capacidade, com extensa folha de serviço prestado ao
povo brasileiro e ao Ceará.
A permanência de um determinado grupo no poder por longo
tempo, gera intrigas, ciúmes e os rachas são inevitáveis. Essa guerra acontece
dentro de casa e é apenas alimentada pelas oposições. Os seus agentes, são os
ex-privilegiados de um governo e os privilegiados do governo do momento, mesmo
estando todos no mesmo barco.
É a velha história de que o perfeito de outrora é o algoz da
história recente e vice-versa.
O dinamismo da política mostra que os grupos que estão no
poder têm prazo de validade. Suportar mais de vinte anos no comando de um de um
país, estado ou município é missão quase que impossível.
E como mudar essa máxima? Consultei especialistas e não obtive
uma resposta concreta.
O desmoronamento das estruturas políticas acontece porque os
sistemas ficam bichados. Há estranhos no ninho. São adesões de
antagonistas que ocupam cargos de confiança em detrimento dos aliados. O bom de
ontem, não serve para o agora. As panelinhas se formam e tome fogo na lenha. O
que poderia mudar tal situação, pela saúde dos grupos, seria a construção de
alianças regadas pelo bom senso, o que está em extinção na política brasileira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário