A presidente Dilma Rousseff segue os caminhos do seu padrinho
Lula.
Nosso ex-presidente encontrou nas classes mais carentes do país a
eternização do seu nome. Depois de Getúlio Vargas, Lula é o novo “pai dos
pobres" do país. Dilma entendeu como o negócio funciona e se encaixa no perfil com a proposta
de erradicação da miséria absoluta do país.
Na condição de “mãe dos pobres”, a
presidente Dilma sedimenta o seu caminho rumo à reeleição. Enquanto isso, a oposição,
com imagem de elitista, não apresenta propostas consistentes ao país. Isto fica
mais claro no artigo com o título: "DA ASCENSÃO DE CLASSES AO FIM DA
MISÉRIA", escrito pelo diretor editorial da revista Época, Carlos José
Marques.
Completando uma década no comando do País – na soma dos dois
mandatos de Lula e metade do primeiro de Dilma –, o Partido dos Trabalhadores
tenta aprofundar sua imagem de uma legenda que governa para os mais
necessitados. Lula ostentou a bandeira da melhoria de renda e ascensão das
classes C e D, arrebatando a marca de 40 milhões de novos consumidores.
Dilma
busca agora dar um passo adiante: planeja a erradicação da miséria no País. Era
promessa de campanha e, desde a semana passada, converteu-se em palpável
realidade prestes a se confirmar. A ambiciosa conquista está calçada no novo
programa de resgate de 22 milhões de brasileiros da condição de pobreza
extrema. São pessoas que, pelos critérios oficiais, ganham abaixo de R$ 70 por
mês. Aqueles identificados nesse contingente, cadastrados no Bolsa Família,
terão, a partir do mês de março, um reajuste do benefício, a título de
complemento, para ultrapassarem essa linha da miséria absoluta.
Estima-se que
ao menos 700 mil cidadãos ainda se encontrem à margem de qualquer benefício
social, fora dos registros do Bolsa Família. Dilma promete ir à caça dessa
“miséria invisível”. A salvação dos indigentes, no entanto, não resolve por
completo o quadro de desigualdade social que marca historicamente o Brasil.
Milhões de cidadãos continuam alijados do processo de desenvolvimento, sem
acesso a instrumentos básicos para a melhoria de sua qualidade de vida – como
luz, água, saúde, transporte, educação, etc. São os brasileiros excluídos, para
os quais esses artigos representam um luxo fora de alcance, por absoluta
negligência do Estado ao longo de séculos, entra governo, sai governo. A gestão
Dilma, a julgar pelo que ela alardeia em palanque, vai reverter as estatísticas
negativas também nesses campos.
No conjunto de medidas adotadas, já mais que
dobrou os investimentos previstos no cronograma do Bolsa Família. O incremento
anual alcança a cifra de R$ 9,7 bilhões. Críticos falam na ineficácia do
assistencialismo sem consequência. Mas a prática tem mostrado o contrário. É na
camada de cidadãos paupérrimos que começa a surgir algum sopro de estímulo
capaz de empurrar a nau da economia.
E, não por menos, também é ali que a
presidenta tem angariado seus recordes de popularidade e firmado a base de
eleitores.
Ao falar em erradicação da miséria, ninguém tem dúvida de que ela
almeja pavimentar o caminho para a reeleição. Decerto a corrida presidencial
ganhou as ruas.
Fonte: Revista Época
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