quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O Exército para a transposição


Li artigo escrito pelo renomado escritor e jornalista Geraldo Menezes Barbosa, publicado na seção Ideias do não menos renomado jornal Diário do Nordeste.

Com o título “Transposição”, o artigo trata de um dos mais importantes projetos em execução pelo governo federal: A transposição do Rio São Francisco.

Agora, a lentidão da construção do sistema chega a ser irritante e consome nosso dinheiro. 

Se essa obra saísse das mãos das empreiteiras à execução pela engenharia do Exército Brasileiro, certamente esse mega projeto estaria em estágio avançado e livre das críticas de obra mal construída.

Várzea Alegre é espelho para ilustrar as observações do nobre jornalista. Aqui foi construído pela engenharia do exército o Açude Deputado Luiz Otacílio Correia (Olho D’água). É uma obra bem pequena diante da vultosa transposição do Rio São Francisco, mas é exemplo de trabalho bem feito.

Transposição

Existe um grito, como reflexo condicionado, na mente do nordestino de "esperar ou morrer! Vamos esperar", que remonta desde o império, referendado pelo governo Vargas, em 1943 e revigorado pelo presidente Lula, em 2007, diante do desejo da transposição das águas do rio São Francisco que atenderá a 12 milhões de flagelados das secas do Nordeste. Obra ciclópica que faz lembrar a passagem de libertação do povo hebreu, na travessia do Mar Vermelho, ela não recebe o apoio de parte dos irmãos brasileiros que nunca sentiram o horror da seca.

São quatro os Estados causticados. O projeto retira menos de 30% de metros cúbicos por segundo das águas do rio que correm para o mar e se deslocarão por canais e leitos secos, servindo a 391 municípios dos sertões. 

Cinco anos após, este projeto, um dos maiores do governo federal, alcançou apenas 43%, banido por irresponsabilidade de empreiteiras, verbas federais em atrasos na reposição dos orçamentos e a perversidade egoísta de políticos traidores da Pátria que preferem acumular riquezas na famigerada "indústria das secas", a ver um Nordeste farto de água. 

Se o bom senso nacional utilizasse o Exército Brasileiro, as obras da transposição já estariam concluídas. A palavra do ministro da Integração, o pernambucano Fernando Bezerra, promete "tomada de novo ritmo" para inauguração em 2015, quando, por certo, uma ressurreição de esperanças torne-se realidade. 

As águas do rio são Francisco, correndo entre nós, virão salpicadas de lágrimas de saudades lembrando os entes queridos que, de tanto esperar, morreram conformados.

Geraldo Menezes Barbosa
jornalista e escritor

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