A fonte da vida, o gesto da entrega, a força desconhecida.
O caminho e o descaminho. A dama e a vagabunda.
Mistérios? Todos eles estão em ti.
Sabes rir e sabes chorar. Sabes fingir sem se deixar notar.
És o mar de maravilhas e o assombroso vulcão em erupção.
Tão calma e serena, como a leve neblina, e tão pavorosa
quanto a mais forte das tormentas.
És o resumo da divindade, és o despertar da luxúria, és o
pecado e a santidade.
Quem te cotou como fraca, não te conhecia.
Não fostes tu, tal
ao homem, feita do barro. Fostes moldada da carne, da costela.
Teus olhos são janelas abertas aos mundos desconhecidos.
Navegar nos teus mares é tão apavorante que empalidece o mais audaz dos
piratas.
Tuas curvas mexem com as mentes mais preparadas. Coitados dos
desavisados.
És charme no cabelo, nos olhos, nas pernas e no cheiro que exala
feminilidade.
Teu respirar é sopro dos céus. Teu suor é gota de vida.
Nos tempos, cresce tu, diminui o homem. Tu te dedicas,
enquanto teu par sucumbe nos desleixos.
Mistérios? Quantos há em ti, oh ser divino?
Mas, são esses mistérios que te fazem assim: amada, querida,
desejada, admirada e santa.
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