segunda-feira, 4 de março de 2013

Somos iguais?


Nós brasileiros nos orgulhamos do regime de governo, dito democrático. Mas, será que essa nossa democracia tem sustentabilidade? Agrega os homens em igualdade de direitos? Será que o que rege a Constituição Brasileira vale para todos os brasileiros? Será que os nossos governantes se preocupam em construir a igualdade social?
O  promotor de Justiça Edilson Santana, escreveu o artigo A Política e a Utopia, que foi publicado na edição de domingo do jornal Diário do  Nordeste. É uma ideia lúcida do termo democracia. Leia.

Há quem defenda a ideia de que a sociedade democrática pode converter-se em tirania da maioria. É possível. E isso foi intuído por Nelson Rodrigues ao dizer que a maioria é constituída de idiotas. A democracia deu ao idiota a certeza de sua superioridade numérica. Antes ele vivia sua vida besta; agora, sabe que manda.

Idiota é aquele que tem a propensão para falar o que pensa ainda que não saiba nada. Na democracia, é comum a tagarelice que considera todos os homens iguais. Mas o tagarela nada sabe, pouco lê, é generalista, pergunta para o primeiro que encontra e aceita a verdade da maioria, não tendo conhecimento que vá além da opinião pública.

Por isso, mesmo um poder que se diga democrático, quando envolvido com a dinâmica do comando, pode esmagar a plebe. Daí a necessidade de se estabelecer um sistema de pesos e contrapesos para que o poder controle o poder. O que assegura a liberdade e a igualdade de direitos não é o extremista dos democratas, mas uma cadeia de pequenos poderes de associações que se entrechocam (família, religião, sindicato, organizações não governamentais e muitos outros).

A pior coisa que existe é o governante que se diz capaz de construir uma sociedade perfeita. Não é da esfera do governo a transformação moral da sociedade, embora o problema do homem seja essencialmente moral. A indispensável mudança do mundo não é possível através de uma teoria de gabinete, nem é tarefa de político. Tampouco a revolução é o melhor meio de resolução de problemas. A mudança, pontual, gradual, visando casos específicos, pode alcança melhor resultado.

Muitas teorias políticas não passam de delírio da razão. Com efeito, não passa de mito a participação direta na democracia e no orçamento participativo. A realidade é que a natureza humana não permite que se alcance, aqui na Terra, as utopias decantadas. Logo, a propagação de que os seres humanos são iguais é uma mentira. Todos são diferentes; alguns são melhores em aptidões, inteligências e carismas. É preciso reconhecer essas desigualdades e lutar por justiça social, sabendo que a igualdade absoluta não é deste mundo.

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