quarta-feira, 13 de maio de 2015

Produção industrial do CE cai 3,1%; pior do País




















A produção industrial no Ceará acompanhou o movimento do País e apresentou queda de 3,1% na passagem de fevereiro para março de 2015. Foi o pior resultado dentre os 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação interanual para o mês de março (2014/2015), o Estado também apresentou uma redução (-2,4%), assim como no acumulado de janeiro a março deste ano (-5,9%) e na contagem dos últimos 12 meses (-4,3%).
No entanto, Guilherme Muchale, economista da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), acredita que o resultado relativo ao mês de março não é tão preocupante para o Estado, pois a base de comparação é muito curta, levando em consideração apenas os dados de fevereiro.
"O que é importante ressaltar que a base de comparação é curta e pode indicar apenas uma variação estatística. Mas em relação a março de 2014, o Estado já apresentou um ritmo de retração bem menor quando comparamos com o resultado de fevereiro de 2014 e 2015, que superior a 9%", explicou Muchale.
Perspectiva
Para o segundo trimestre deste ano, o economista espera que o ritmo de queda do desempenho da indústria cearense seja menor do que o apresentado na comparação interanual entre os meses de março e fevereiro de 2014 e 2015, culminando em resultados positivos já no início do segundo semestre.
Porém, destaca Muchale, o possível crescimento nos dois últimos trimestres do ano não seria suficiente para compensar a média da retração registrada no início de 2015. "Alguns setores já se beneficiaram da variação cambial, como o setor calçadista e o de minerais não metálicos, que já apresentaram um pequeno crescimento neste mês. E com o início de operações, e consequentemente de contratações, da CSP, nós esperamos uma certa melhora nos cenários da indústria cearense", comentou Muchale, que projeta pelo menos 800 contratações pela Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP).
Média nacional
Outros estados que apresentaram redução no ritmo da produção industrial, em março, foram Minas Gerais (-2,5%), Paraná (-2,3%) e São Paulo (-0,8%). A Bahia apresentou o melhor desempenho do País, registrando alta de 22,1%, mas não foi suficiente para compensar a média nacional, que registrou retração de 0,8%. O panorama é o mesmo para a média nacional, que registrou desempenhos negativos no acumulado dos últimos 12 meses (-4,7%) e na comparação entre os meses de março de 2014 e 2015 (-3,5%). No primeiro trimestre do ano, o Brasil já registrou queda de 5,9%.
Competitividade
Segundo Muchale, com a diminuição do ritmo de queda, a perspectiva é que o Estado apresente crescimento no 2º semestre. "O que poderia favorecer a economia industrial são os investimentos para que se melhore as condições de isonomia e a competitividade, reduzindo assim o custo Brasil. É preciso alicerçar a competitividade em valores como inovação e qualificação de mão de obra para os produtos nacionais sejam mais atrativos", disse.
Fonte: Diário do Nordeste

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você conhece o seu pior inimigo?

Não importa onde você esteja ou o que está fazendo, seu pior inimigo está sempre com você - seu ego. "Não é o meu caso", você p...