quinta-feira, 21 de maio de 2015

Receita de Serviços do Ceará é a maior da região Nordeste

O setor de serviços, o de maior peso na economia cearense, registrou um desempenho de 6,4% no Estado, que aparece com o melhor resultado de março de 2015, no Nordeste, e o sétimo maior no País. Regionalmente, o Ceará também aparece com a maior variação acumulada do ano, com 4,9%, e, ainda com 7% no acumulado de 12 meses – a terceira melhor entre as 27 entidades federativas. Os dados foram divulgados, ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No Estado, a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) informa que a maior contribuição veio de outros serviços – que inclui atividades imobiliárias, serviços de manutenção e reparação, financeiros, agricultura, serviços de esgoto e serviços de coleta, tratamento e disposição de resíduos e recuperação de materiais. Esse segmento avançou 24,2% na comparação anual, entre os meses de março, e foi acompanhado por serviços profissionais, administrativos e complementares (9,1%) e por transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (7%). No período, houve retração em duas atividades, sendo a mais intensa registrada em serviços de informação e comunicação (-4%), seguida pela leve queda dos serviços prestados às famílias (-0,5%).
As maiores variações positivas foram em São Paulo (8,9%), Mato Grosso do Sul (8,4%) e Rondônia (8,3%), e as menores ficaram com Alagoas (0,5%), Tocantins (0,6%) e Rio Grande do Norte (1,2%). Já as variações negativas registraram-se no Maranhão (9,5%), Mato Grosso (6,3%), Acre (5,9%), Roraima (5,5%), Amapá (4,6%) e Piauí (0,8%). Todos os números não consideram a evolução da inflação e se referem, portanto, ao faturamento nominal do setor de serviços. Esse fato dificulta a análise, pois não se sabe o real ritmo de crescimento do setor, descontando o efeito da variação dos preços sobre o faturamento das empresas.

Balanço
No Brasil, o segmento de serviços teve alta de 6,1% na receita em março sobre igual mês de 2014. A alta, que representa avanço nominal frente a janeiro (1,8%) e fevereiro (0,9%), ocorre mesmo com a desaceleração na contratação de prestadores de serviços pelas famílias devido à queda na renda. O resultado repete o patamar de setembro de 2014 – quando, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve alta nominal de 6,4% –, e foi puxada pelas atividades profissionais e administrativas (8,8%), além dos transportes (8,7%).
A contratação de serviços pelas famílias proporcionou renda apenas 2,5% maior ao setor do que em março de 2014, depois de altas de 8,9% e 6,8% em janeiro e fevereiro na comparação com os meses anteriores. É o pior resultado para um mês desde que a pesquisa começou a ser feita, em 2012, informou o IBGE. Em março do ano passado, o indicador havia crescido 10%. “O rendimento médio real habitual, comparando março de 2015 com o de 2014, caiu 3%. Isso afetou as famílias, que vivem retração do consumo. O fato de o Carnaval de 2014 ter sido em março também contribuiu para o fraco resultado. E não podemos falar ainda de recuperação”, disse o gerente da pesquisa, Roberto Saldanha.
A alta das atividades de transportes veio depois de variações de 2,1% em janeiro e contração de 0,8% em fevereiro, devido, naqueles meses, à entressafra e ao excesso de oferta de transportes. “Hoje, o quadro é de desaquecimento na indústria, no comércio”, observou Saldanha.
Receita
tem o pior trimestre em três anos
No 1º trimestre de 2015, sobre igual período de 2014, a pesquisa informa que o crescimento nominal do setor situou-se em 2,9%, o pior resultado trimestral desde o início da pesquisa, em consequência das menores variações registradas nos meses de janeiro de fevereiro. Entre janeiro e março deste ano, as taxas de crescimento trimestral, em ordem de variação, foram as seguintes: serviços prestados às famílias (6,1%); serviços profissionais, administrativos e complementares (6%); transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (3,1%); outros serviços (1,6%) e serviços de informação e comunicação (0,6%).
“O resultado pontual de março foi particularmente afetado pelo maior número de dias úteis daquele mês de 2015 ante o mesmo período do ano passado. Dados consolidados do primeiro trimestre levaram o total das atividades pesquisadas a registrar seu pior resultado trimestral desde o início da pesquisa”, avaliou o economista Fábio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Deflacionada pela inflação dos serviços – 8% nos 12 meses encerrados em março de 2015 –, a receita real caiu pelo décimo terceiro mês seguido (1,9%) No trimestre, o resultado entre a receita nominal e a inflação dos serviços medida pelo IPCA (8,5%) revelou queda mais expressiva (5,6%), a maior também nessa série histórica.
Fonte: O Estado

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