terça-feira, 12 de maio de 2015

Vendas parceladas no Dia das Mães recuam 0,59%

As consultas para vendas a prazo na semana do Dia das Mães caíram pelo segundo ano seguido, de acordo com o indicador calculado pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). Isso porque o volume de vendas parceladas na semana anterior ao último domingo (entre 3 e 9 de maio) caíram 0,59% em relação aos sete dias que antecederam a mesma data comemorativa no ano passado. O número representa não apenas a segunda retração consecutiva, mas a segunda maior queda em seis anos de série histórica. Vale ressaltar que a queda de 2015 se segue a um forte recuo de 3,55%, verificado em 2014. Em períodos anteriores, as variações sempre foram positivas, de 6,44% (2013), 4,40% (2012), 6,53% (2011) e 9,43% (2010).
O Dia das Mães é a data mais importante para o varejo no primeiro semestre e fica apenas atrás do Natal em volume de vendas a faturamento. Dada a importância que a data representa para o comércio, o resultado negativo deve funcionar como uma prévia para o desempenho da atividade comercial ao longo de 2015, afirmam os economistas do SPC Brasil. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o resultado negativo deste ano pode ser atribuído ao menor crescimento da massa salarial, à alta dos juros, à inflação elevada e ao enfraquecimento do poder de compra do consumidor brasileiro. “A inflação elevada e o aumento do desemprego, verificados nos últimos meses, têm como consequência imediata a menor disponibilidade de renda das famílias para o consumo. Além disso, a incerteza em relação ao futuro da economia impacta nos compromissos financeiros, como o parcelamento de compras”, explicou.
Em Fortaleza
Apesar disso, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) as vendas totais foram consideradas boas, apesar das incertezas do atual momento econômico brasileiro. Nos próximos dias, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL-Fortaleza) deverá consolidar o resultado final. “Ainda não temos os dados devidamente apurados, mas a nossa expectativa é de crescimento, em torno de 4%, na RMF. Foi registrado um grande movimento nos shoppings, bem como no comércio em geral. Houve uma mudança de comportamento com relação ao crédito, que está mais caro, e as pessoas acabaram comprando à vista. Como mãe é alguém muito especial, os consumidores optaram por não contrair novas dívidas, mas compraram algum presente para ela, mesmo que de valor inferior. O funcionamento das lojas do Centro, no domingo, era facultativo, mas como o movimento de pessoas é muito menor, e os gastos são maiores, eles acabaram optando por fechar suas lojas”, disse o presidente da entidade, Severino Ramalho Neto.
Fonte: O Estado

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