sexta-feira, 29 de maio de 2015

Quer evitar brigas futuras?

Muitas empresas, especialmente as pequenas empresas, em sua grande maioria, sofrem de um problema seríssimo: A desorganização gerencial.

A desorganização gerencial costuma está presente nos pequenos negócios que se iniciam sem nenhum planejamento. À medida que avançam, ao sabor dos ventos, mesmo com alguma habilidade dos seus condutores, os vazios gerenciais começam a se evidenciar.

Uma das falhas mais visíveis está no contrato social dessas empresas. Nas empresas informais essa peça nem existe. Esse contrato é verbal, o que leva a conflitos maiores entre as partes envolvidas.

Mas, voltado às empresas formais, os contratos sociais, não devem ser limitados aos percentuais que cada sócio investiu no negócio, o que forma o seu capital social. Ele deve ir além. O contrato social de uma empresa é igual ao registro de casamento, a escritura de um imóvel, o registro de nascimento dos filhos. Deve conter a forma de gerenciamento e partilha dos recursos adquiridos pela empresa; sucessão de cargos; inclusão ou não de herdeiros; avaliação dos balanços da empresa periodicamente para análise, investimento ou obtenção de lucros, por exemplo.

As grandes empresas, sofrem menos neste caso, pois, os sócios, geralmente estão mais antenados na busca de resultados e se acercam de todos os aparatos legais para não haver perdas da parte investida em determinado negócio.

Um pequeno grupo de sócios não deve desconsiderar esses cuidados, tão comuns entre as grandes empresas.

As falhas nos contratos sociais, que são documentos que selam as relações empresariais, podem comprometer o sucesso da empresa.

Imagine que você se associou a um determinado grupo de pessoas para abrir uma empresa. No início, com toda as pessoas empolgadas, não há quem se ligue na elaboração de um documento de contrato social que defina a relação entre os sócios com vistas ao capital investido e aos seus resultados.

Com o crescimento da empresa, e com os lucros chegando e novos investimentos sendo feitos, o que era apenas uma brincadeira entre pessoas que se uniram despretensiosamente para montar uma empresa, começa a dor de cabeça. É que, geralmente, algum sócio começa a cobrar mais vantagens do que outros, acha que deve ter mais direitos do que outros, acredita que sua parte é mais relevante do que a dos outros, e aí se estabelecem os grandes problemas, que geralmente terminam em sérios conflitos, podendo ser o fim da sociedade, com rusgas e mágoas que ficam para a vida toda.

Todas as pessoas que estão envolvidas em um negócio visam lucros, dinheiro, e onde tem dinheiro, há disputa e conflitos. Por essa razão, as regras do jogo empresarial devem ser bem definidas para evitar brigas, conflitos e o fim dos negócios.

Você já analisou o contrato social de sua empresa? Debateu com os sócios se o que está escrito corresponde com a realidade administrativa de sua empresa? Será que os direcionamentos descritos deixam claro as normas administrativas da empresa? É importante reflexionar sobre esses questionamentos.

Não podemos pensar pequeno e achar que uma empresa é criada para ser eternamente um negócio de família, ou uma empresa com fronteiras limitadas. Temos que pensar grande e agir de forma profissional. 

As regras gerenciais de uma empresa bem definidas, já no seu início, podem corresponder a uma parceria sólida e harmoniosa.

Marcos Filho



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