quinta-feira, 7 de maio de 2015

Vendas a prazo têm terceiro recuo anual

O número de consultas para vendas a prazo ao banco de dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) recuou em abril deste ano pela terceira vez consecutiva na comparação com o mesmo mês do ano anterior. De acordo com informações divulgadas, ontem, pelas entidades, a queda, de 4,69%, foi ainda maior do que a registrada em março de 2015, quando o número de consultas variou negativamente 2,03%.
Na série histórica, a queda observada no mês de abril foi a mais intensa dos últimos 13 meses – em março de 2014, a contração havia sido de 4,83%. De acordo com o indicador, as consultas para vendas parceladas registraram queda de 1,21% na comparação mensal (abril de 2015 sobre março de 2015). Como resultado, as vendas parceladas acumulam, nestes quatro primeiros meses do ano, uma queda de 1,98%. 
Reflexos
Na avaliação do presidente da CNDL, empresário Honório Pinheiro, os seguidos recuos verificados pelo indicador do SPC Brasil refletem a dificuldade de crescimento do País e a deterioração das expectativas com os rumos da economia tanto dos consumidores como dos empresários. “A piora na economia levou à restrição na oferta de crédito e também fez cair a confiança do consumidor, diminuindo a disposição para a compra de bens de maior valor que, geralmente, são financiados por bancos ou pelo varejo”, explicou Pinheiro.
Para o SPC Brasil, o pessimismo com a economia reflete na disposição do brasileiro em gastar menos com compras de maior valor. De acordo com a economista-chefe da entidade, Marcela Kawauti, a tendência do comportamento das vendas para os próximos meses é de repetição do cenário ruim observado na segunda metade de 2014 e nos primeiros meses de 2015. “Sem sinais de recuperação da economia, os consumidores devem seguir cautelosos em comprometer a renda com o parcelamento de compras, tendo em vista o menor crescimento da massa salarial, juros e inflação em alta e a piora dos indicadores de emprego”, disse a economista.
O indicador de vendas a prazo do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) tem abrangência nacional e é construído a partir do volume de consultas mensais realizadas à base de dados do SPC Brasil.
Fonte: O Estado

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