quarta-feira, 15 de abril de 2015

Vendas no varejo têm maior queda em volume

A alta no preço dos combustíveis e a desaceleração do crédito, somadas à queda na renda, derrubaram o volume de vendas no varejo em 3,1% em fevereiro, quando comparado com o mesmo mês em 2014, aponta o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com base na sua Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada nesta terça-feira (14).
É o pior resultado desse indicador desde agosto de 2003, quando havia sido registrado tombo de 5,7%.
Houve também o impacto do número de dias úteis, devido ao Carnaval, uma vez que, em 2014, ocorreu em março. "É mais um fator que vem complementar os fatores da conjuntura econômica", disse Juliana Paiva, gerente de serviços e comércio do IBGE.
De acordo com o IBGE, a alta no preço dos combustíveis em 12 meses foi de 10,2%. Em fevereiro, o governo voltou a cobrar a Cide nos combustíveis e aumentou a alíquota de PIS/Cofins. Gasolina e diesel também foram reajustados pela Petrobras em novembro.
Isso explica a queda de 10,4% nas vendas desse tipo de produto em fevereiro, na comparação com fevereiro do ano passado.
Nos doze meses terminados em fevereiro, a massa de renda do trabalhador caiu 1,5%. Nos doze meses anteriores, entre 2013 e 2014, a alta havia sido de 4,5%.
Já a oferta de crédito, que crescia 7,4% em fevereiro do ano passado, desacelerou para 5%.
Ainda nessa comparação de mês contra igual mês do ano anterior, o setor de veículos viu queda de 23,7%. É o pior resultado desde junho de 2002, quando a queda havia sido de 24,6%.
Na comparação com janeiro deste ano, a queda em fevereiro foi de 0,1%.
O crescimento de janeiro foi revisto do IBGE para baixo. Havia sido divulgado, no mês passado, alta de 0,8%, mas o resultado final é de 0,3%.
Quando somados os resultados de janeiro e fevereiro desse ano, a queda foi de 1,2%, na comparação com o primeiro bimestre de 2014.
No acumulado de 12 meses, no entanto, a alta foi de 0,9%.
Em relação a janeiro, houve queda nas vendas em sete das dez atividades. O desempenho mais fraco foi do segmento de combustíveis, com vendas 5,3% menores.
RECEITA TEM ALTA
Houve um aumento de 0,7% na receita nominal comparada com janeiro. Trata-se do segundo mês consecutivo de crescimento.
Os valores são, no entanto, nominais -ou seja, não descontam a inflação.
Na comparação com fevereiro de 2014, o aumento da receita foi de 3,6%. No acumulado de janeiro e fevereiro, a alta foi de 5,0%.
Quando considerado o acumulado de 12 meses, a receita teve alta de 7,2%.
DA REDAÇÃO DO ESTADO ONLINE
online@oestadoce.com.br
Fonte: Folhapress
(AG)

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